promulgo aqui a minha
NOVA POLÍTICA DE RELAÇÕES
NO FACEBOOK
Se na sala da minha casa alguém me injuria, eu o mando à caixa-prego. Se me chama de petralha, eu o mando à puta-que-pariu. Se me ofende com preconceitos (contra ateus, negros, nordestinos, homossexuais, mulheres, velhos, comunistas, o meu partido etc.), eu o expulso da minha presença: não preciso conviver com pessoas que condenam as minhas ideias, a democracia ou os direitos que levamos tantos a séculos a conquistar.
Considero o termo "amigo" – mesmo na balbúrdia do Facebook – como se referindo a alguém que me conhece ou alguém que admira o que sou ou o que penso. A raríssimas pessoas eu solicitei que me adicionassem como amigo. Confirmei praticamente todos os pedidos de amizade que me foram feitos, recusando apenas aqueles que, no seu primeiro post, eu já lia o fanatismo, o preconceito ou o ódio.
Considero meu perfil no Facebook como minha sala de estar. Nele posso reunir pessoas para ouvi-las e para mostrar-lhes o que penso e sinto. Meus posts no Facebook são, então, expressões do que penso e estão abertos aos amigos. Serão sumariamente banidos daqui, portanto, os rangeres-de-dentes, as manifestações de ódio, assim como posts que carreguem estertores inconsequentes, calúnias, histerias alienadas ou que combatam a democracia, as instituições da nossa República ou o meu partido. Conforme a gravidade do caso – ou na reincidência –, também os seus autores serão quicados para fora da minha sala.
Como preciso ler, escrever, cuidar do cachorro, plantar horta, caminhar, ouvir música, ver filmes e espetáculos – e muitas outras coisas mais –, não tenho tempo nem disposição para bater boca na rede. As conversas aqui devem ser ganchos para os bate-papos presenciais. E servem também para um contato inicial com cidadãos que cultivem mais ou menos as mesmas utopias que eu.