Tenho observado que as catástrofes são combustível poderoso não apenas para a imprensa sensacionalista (quase toda ela), mas também para o exercício dos "teólogos" de plantão, que as usam para justificar a sua insensata fé e metê-la goela abaixo na cabeça dos outros.
Não ingênua, mas imbecilmente, tentam enfiar na cabeça do seu vingativo deus a carapuça da bondade, embora leiam os horrores dos tsunamis, das inundações, dos vendavais e dos terremotos como obras da vontade divina. Preguiçosos, não se dão ao trabalho do silêncio, única atitude que cabe nestes momentos, quando nem mesmo a ciência consegue erguer com segurança a voz, apesar de sua fantástica memória e de sua sistemática coletivamente construída ao longo dos séculos.
Vazios de percepção e de sentido, esses "pensadores" praticam descaradamente, com o apoio da imprensa, uma nauseante teologia do cinismo! Cruzes!
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