domingo, 27 de março de 2011

Saudades...

Antônio Bonequeiro. 12/01/2006, no Bar do Paulinho, onde nos encontrávamos com frequência.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O grande e indizível mal no cerne da nossa cultura é o monoteísmo. A partir de um texto bárbaro da Idade do Bronze, conhecido como o Antigo Testamento, evoluíram três religiões anti-humanas - o judaísmo, o cristianismo e o islã. São religiões de deus-no-céu. São, literalmente, patriarcais - Deus é o pai onipotente -, daí o desprezo às mulheres por 2.000 anos nos países afligidos pelo deus-no-céu e seus enviados masculinos terrestres.


O deus-no-céu é, naturalmente, um deus ciumento. Exige obediência total de todo mundo, uma vez que aí se encontra não apenas para uma tribo, mas para toda a criação. Aqueles que o rejeitam devem ser, para o seu próprio bem, convertidos ou mortos. Assim, o totalitarismo é a única forma de política que pode servir aos propósitos do deus-no-céu. Qualquer movimento de natureza libertária ameaça sua autoridade e a de seus delegados na terra. Um só Deus, um só Rei, um só Papa, um único senhor na fábrica, o pai-líder na família.
(Gore Vidal, Monotheism and its discontents)

domingo, 6 de março de 2011

Carnaval de Joinville 2011

Durante muitos anos, desde os tempos do primeiro governo Freitag, Joinville ficou sem Carnaval porque, segundo uma fatia poderosa e espertalhona da cidade, o povo joinvilense é um povo trabalhador e não gosta de carnaval.
Pois, desde que a Fundação Cultural decidiu retomar a festa mais popular do Brasil nosso Carnaval vem crescendo e ficando cada vez mais gostoso. Em 2009, tivemos cerca de 15.000 pessoas no Mercado Público. Como o espaço ficou pequeno, o endereço mudou em 2010 para a Dario Salles / Praça da Bandeira. Perfeito: perto de 25.000 pessoas caíram na folia. Agora, em 2011, mesmo em meio aos pampeiros periódicos, a praça recebeu na primeira noite umas 8.000 pessoas e, ontem, bateu a casa dos 20.000 de novo, pelo que o olhar indica.

Taí: 3h40min da manhã, de costas para o palco, que está a uns 20 metros atrás de mim. Dá pra ver que o povo joinvilense odeia Carnaval. Eita!

"(...) nesse meu mundinho privilegiado em que o machismo me afetou muito pouco, por que fui e continuo sendo feminista? Talvez por que nunca achei que o mundo girasse em torno de mim. Não sou pobre e, no entanto, empatizo com eles, quero que a vida deles melhore, voto em partidos que governam pra eles. Não sou homossexual, mas fico indignada que alguém queira negar-lhes direitos que deveriam ser de todos. Não sou negra, mas reconheço o enorme abismo que ainda existe entre negros e brancos, e sou a favor de medidas paliativas como as cotas." (Lola Aronovich)

De Meu feminismo não é pra mim, em Cartas da Lola, A Notícia, 06/03/2011, (Anexo ideias, p. 4)