Estamos desde o início da manhã discutindo, burilando e votando as propostas do Eixo 4 (Cultura e economia criativa). Trabalhamos agora no sub-eixo Sustentabilidade das Cadeias Produtivas e as vozes discordantes são muitas, principalmente da parte de pessoas que não pensam no que dizem, não examinam o contexto da proposta etc. Muitos querem exibir-se num volátil momento de fama perante as quase 200 pessoas que estão aqui (no meio da manhã eram muitas mais).
Dito deste modo, parece que estou menosprezando este momento da Conferência e da história da gestão cultural no Brasil. Mas, não é assim. O que acontece é precisamente a expressão de um momento - um ponto de passagem - em que estamos todos aprendendo a ampliar e usar o espaço democrático da construção coletiva do futuro. Embora o que aqui está em jogo não seja, ainda, a realidade, tratamos da potencialidade da vida cultural brasileira e, portanto, de uma trama gigantesca de interesses mais ou menos democráticos, mais ou menos coletivistas, mais ou menos solidários etc.
Estamos aprendendo a desenvolver a paciência histórica e, simultaneamente, o traquejo político necessário para atuar democraticamente dentro do jogo de interesses de uma plenária que está tomando decisões que vão interferir na vida artística e cultural do País.
De minha parte, sinto-me hoje um aprendiz bem iniciante.
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