terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Minha lua de Vesak

Borges de Garuva


Miro o escuro.


Atiro um pensamento.


(Algures alguém alcançará?)



Na noite nova de chuva,


o vinho rural a sós


e uma viola que ponteia...



O escuro me devolve nada.



Não tenho Buda.


Não gosto dos natais.


A ressurreição há de ser amanhã


(a de sempre).



Cada dia


sou a seta-pensamento


que atiro no escuro


quando a noite chega.


Nenhum comentário: